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Ministério Apostólico

Cobertura Espiritual ou Fundamento Apostólico? (Parte 1)
 

Há muito tempo estou para escrever esta mensagem, mas sempre tive muito temor em função de ser um assunto bastante delicado e controverso. Não queria me posicionar, e muito menos deixar registrado, uma posição diferente daquela praticada na maioria das igrejas sem que estivesse respaldo por outros líderes reconhecidos na igreja mundial. Assim, desta forma, gostaria de afirmar que esta não é uma teologia “ricardiana”, mas tem o aval de muitos líderes de proeminência dentro do cenário eclesiástico mundial.

Por muito tempo em minha vida fiquei me perguntando como deveria funcionar a estrutura de autoridade e governo na igreja. Lia uma coisa na Bíblia e via várias práticas na igreja que, na grande maioria das vezes, era completamente diferentes daquilo que via nas Escrituras. Nunca consegui me alinhar com as práticas correntes das igrejas, pois não via correlação com a Palavra de Deus. Desta forma me dediquei muito a estudar este caso. Pesquisei incansavelmente. Busquei posicionamentos diversos. Trouxe vários livros de autores diferentes de toda parte do mundo. Li toda literatura que encontrei. Assim, aquilo que passarei a escrever é um compêndio do assunto em questão.

Sei que de alguma forma já tenho sido contestado por alguns posicionamentos que tenho tomado até então. Também sei que a partir de agora ainda maiores controvérsias surgirão. Porém meu compromisso não é com a tradição e muito menos com alguma instituição, mas com Deus e com a restauração de sua igreja.

O conteúdo deste tema será desenvolvido nesta e nas próximas edições para que se possa desenvolver na completude a abrangência deste assunto.

Cobertura Espiritual

Nas duas últimas décadas uma prática tomou conta das igrejas. A prática da “cobertura espiritual”. Esta prática não era conhecida até o surgimento das igrejas independentes na década de 1970. Para que estas igreja independentes não ficassem a mercê unicamente de seu líder máximo, e para que houvesse proteção do pastor, dos membros da igreja local (independente) e, de forma geral, da igreja global (evitando escândalos e desvios), foi criada uma forma de segurança através da cobertura espiritual a quem aquele líder ou igreja se submete. Nas denominações tradicionais por muito tempo não se falou sobre este assunto, a ainda não se fala em muitas delas, pois a questão da cobertura espiritual está intrincica nas linhas de governo e autoridade da denominação.

Porém a prática de “cobertura espiritual” se multiplicou, criando várias formas e conceitos, indo de uma cobertura espiritual apenas verbal e formal até uma prestação de contas minuciosa, tendo que o discípulo prestar conta dos mínimos detalhes de sua vida a sua “cobertura”. Começaram a surgir variáveis como cobertura para igreja e cobertura para pessoa. Muitos pastores hoje tem até três “cobertura espirituais“. Uma cobertura pessoal, outra para o modelo de igreja que escolheram seguir e outra a denominação a que pertencem.

A “cobertura espiritual”, na própria semântica da palavra, contém a compreensão de proteção. O entendimento é que toda pessoa que se encontra debaixo de uma “cobertura espiritual” está automaticamente debaixo de proteção. A cobertura funcionaria como um guarda-chuva de proteção contra os ataques e ciladas do inimigo.

Mesmo que no conceito de “cobertura espiritual” esteja a idéia de submissão e prestação de contas a uma autoridade espiritual, na prática isto não tem funcionado desta maneira. A grande maioria tem falado que está debaixo de uma certa “cobertura espiritual”, porém não tem nem sequer tido contato por um longo período de tempo com esta pessoa, muito menos se submetido a sua orientação e a prestação de contas.

... continua

Ricardo Wagner, apóstolo

 

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