Rádio Online
 
 
pub
Home > Rede Apostólica > Qual a Diferença Entre uma Denominação, Igrejas Independentes e uma Rede Apostólica?

Rede Apostólica

Qual a Diferença Entre uma Denominação, Igrejas Independentes e uma Rede Apostólica?
 

O sistema estrutural doutrinário criado pelas denominações, gera um grande senso de lealdade e compromisso das pessoas para com a organização. Dificilmente se percebe uma debandada em massa de uma denominação, pois existe uma grande ênfase na estrutura nas quais as pessoas estão ligadas. Assim, as pessoas são muito leais a sua organização porque foram treinadas pela escola desta e alcançaram posição dentro dela.
Se por um lado nas denominações existe um grande senso de compromisso, por outro, há a ausência de criatividade e de novas revelações, pois a estrutura denominacional não permite que algo seja feito fora daquilo que está estabelecido. Assim, nos sistemas denominacionais toda criatividade e novas revelações para o progresso e restauração é sempre considerada ameaçadora. Não existe expressão do individualismo. Não há singularidade de expressão. Visões individuais são oprimidas. Alguma novidade, graça específica ou unção especial que não esteja dentro dos padrões comumente aceitos tem dificuldade de prosperar. Todos os ministérios devem expressar-se de acordo com o molde denominacional. No momento que alguém rompe este molde é considerado rebelde.

Porém, esta condição gera uma certa ausência de liberdade, e conseqüentemente uma sensação opressiva. Assim, aqueles que querem algo mais, que desejam dar passos em direção a novas revelações, vêem como única possibilidade sair do sistema denominacional e irem busca de algo que lhes forneça espaço, algo que não lhes seja opressivo, algo que não tem o tipo de estrutura que lhes castrem a liberdade. Normalmente estas pessoas associam estrutura com denominacionalismo, e tratam de ficar o mais longe possível de estruturas, entrando no que chamamos ministérios independentes, algo que tem muito pouca ou nenhuma estrutura.

Vão para o outro lado: do denominacionalismo estruturado para ministérios independentes.
Nestes ministérios independentes as pessoas têm o direito de serem criativas e de encontrarem individualidade, de perseguir uma visão sem a presença de alguém que lhes oprima. Não existe rigidez ou intimidação, porém liberdade e flexibilidade. Funcionam em um relacionamento solto se reunindo para compartilharem suas igualdades e para simplesmente terem um tempo de gozar da presença de Deus.

Estas organizações independentes, apesar de inspiradas por algumas pessoas audaciosas e com espírito inovador, normalmente não possuem um governo forte e uma visão clara, não tem estrutura, liderança, regras e compromissos, conseqüência da própria proposta de trabalho, qual seja: a liberdade. Por sua vez, isto significa que não possuem os ingredientes essenciais para o progresso, fomentando, desta forma, a ausência de lealdade e compromisso. Por isso que estas organizações independentes normalmente possuem sérias dificuldades de crescimento em função da evasão das pessoas em momentos de crises e desconfortos (pois possuem o mesmo espírito que sua organização, sendo independentes se permitem buscar aquilo que julgam ser melhor para elas, não permanecendo onde não se sentem bem), bem como possuem sérias dificuldades de se multiplicarem fundando novas igrejas pela falta de um modelo de procedimentos determinados, exigindo muito dos líderes para estabelecer um novo trabalho.

Assim, enquanto uma denominação possui características positivas como o poder de fidelização e a capacidade de multiplicação - características advindas da estrutura - também possui a desvantagem da limitação de criatividade e geração de novas revelações para o progresso e restauração em função da estrutura doutrinária formal pré-estabelecida. Por outro lado as comunidades independentes possuem exatamente o que as denominações não possuem, a liberdade de expressão e criação, mas com o problema de falta de fidelização e com baixo poder de multiplicação, justamente pela falta de estrutura e pela independência que é sua característica primária.

As denominações formam relações completamente dependentes em função de que as comunidades locais não podem existir fora da denominação e dependem delas para sua existência. Por outro lado as comunidades independentes vivem numa situação isolada e solitária, sem apoio e assistência e sem poder compartilhar seus dons ministeriais com outras comunidades. Numa Rede Apostólica as organizações são tanto independentes, pois são autônomas em sua natureza, como também são dependentes, uma vez que estão recebendo visão e transferência de unção como também apoio da equipe apostólica e dos outros participantes da Rede compartilhando seus dons, talentos e habilidades com os outros participantes. Assim, a relação na Rede não é de completa dependência e nem de completa independência, mas de uma interdependência, onde todos participantes são autônomos e ao mesmo tempo, participando da Rede, se relacionam com as organizações co-irmãs, crescem em função das necessidades e competências compartilhadas.

Ricardo Wagner, apóstolo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

16/08/2004