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A Aliança das Sandálias (1 foto) - Data: 31/12/2014

Queridos pastores e líderes da Rede 

Estava pensando o que iria escrever para este fim de ano (2014) e início de 2015. 

Tanta coisa para falar, mas decidi escrever sobre algo muito pouco conhecido na Bíblia, mas muito relevante para este momento: “a aliança das sandálias”!

 Há poucas referências sobre este assunto na Bíblia, mas estudando, podemos entender com clareza; 

A principal referência é o livro de Rute 4:7-8 (NVI): “Antigamente, em Israel, para que o resgate e a transferência de propriedade fossem válidos, a pessoa tirava a sandália e a dava ao outro. Assim oficializavam os negócios em Israel. Quando, pois, o resgatador disse a Boaz: "Adquira-a você mesmo!", ele também tirou a sandália.”

 No Israel antigo, pela lei (Dt 25:7-9), quando se fazia uma transferência de direitos de propriedades, era tirado os calçados do antigo proprietário e passado para o novo dono das terras diante de várias testemunhas (Dt 25:7-9). Os calçados significavam o direito do novo proprietário de pisar as terras (Sl 60:8, 108:9 – onde lançar a sandália significa tomar posse). 

Foi exatamente isto que aconteceu na negociação de Boaz com o primeiro resgatador de Rute. Como o resgatador direto das terras e das mulheres (Noemi e Rute) não tinha interesse de ficar com elas, abriu mão e passou as sandálias para Boaz que se interessava em ficar com a propriedades (especialmente com Rute). A transferência das sandálias simbolizava que aquele que tinha direito, abria mão e cedia o direito a outrem, neste caso, Boaz. Linda esta história, cheia de simbolismos. A transferência de sandálias definia uma espécie de acordo, aliança, contrato de direitos àquele que passava a ter as sandálias. 

Vemos esta simbologia aplicada numa das parábolas de Jesus, na parábola do filho pródigo. Quando o filho pródigo voltou para casa “o pai ... disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés” (Lc 15:22 RA – grifo meu). Cada demonstração prática do amor que o pai manifestou a seu filho, representava algo muito mais significativo que o próprio ato. A atitude do pai em colocar sandálias em seu filho simbolizava a reinstalação do filho ao seu direito de herança. 

O caso de Rute e Boaz se deu num ambiente de negócios onde Boaz recebeu o direito a propriedade da herança de Noemi, inclusive o direito de casar com Rute. 

No caso da parábola do filho pródigo o ambiente era familiar, onde o pai reconcedia ao seu filho o direito a herança. A colocação das sandálias não era apenas o cuidado do pai para com seu filho, mas a simbologia de um direito que o pai concedia ao filho. Era um símbolo da aliança que o pai fazia com seu filho que um dia estava longe, mas agora havia retornado para casa. Era a simbologia do direito a herança que o pai dava a seu filho que voltou para casa. 

Transferindo para a nossa realidade de Rede Apostólica e do modelo que seguimos (Modelo Paterno de Discipulado), gostaria de liberar bênção sobre a vida de cada um dos filhos e filhas espirituais, pois agora são detentores do direito da herança uma vez que estão debaixo de uma aliança de paternidade. Esta é uma “aliança das sandálias”, uma aliança com direito a herança. 

Que 2015 seja um ano da grandiosa manifestação da graça e favor de Deus para contigo e isto redunde em uma alegria incomparável! Aumente sua expectativa. Prepare-se para receber o favor de Deus. Prepare a mesa para o banquete. Este será o Ano da Alegria. 

Crendo nesta palavra para todos que estão debaixo desta unção declaramos um ano de muitas alegrias em sua vida. 

Ricardo e Eneida Wagner