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Estudos da Célula

Espírito de Excelência (Parte 5) - Adoração
 

II. Fatores geradores do "Espírito de Excelência" (continuação)

Daniel, nosso modelo no desenvolvimento do “Espírito de Excelência” na vida de uma pessoa, possuía características que fizeram que ele chegasse a este nível. Já dissertamos sobre sua Fidelidade, sobre a Palavra Profética que estava em seus lábios e em como ele tinha um Coração Curado. Neste ponto analisaremos como Daniel era um homem que entendia as sentenças determinadas por Deus aos adoradores.

4. Adoração

O livro de Daniel é fundamentalmente um livro de relatos sobre adoradores e a sentença determinada por Deus a estes. Daniel compreendia muito bem os princípios da adoração e suas conseqüências.

Deus leva muito sério a questão da adoração, a tal ponto de Jesus mesmo dizer que Deus está a procura de adoradores (Jo 4:23).

Percebemos no livro de Daniel que existem três tipos de adoradores com sentenças claramente determinadas sobre cada um:

- Adoração de si mesmo. Nabucodonosor havia feito uma estátua de ouro de 30 m de altura e 3 m de largura e exigiu que os habitantes de toda terra se prostrassem diante dela e a adorassem. A Bíblia não relata, mas provavelmente a estátua tenha sido do próprio Nabucodonosor (Dn 3:1-7). Daniel escreveu sobre a soberba e altivez deste rei e a conseqüente sentença de Deus sobre sua vida. Uma doença chamada boantropia ou licantropia (imaginar-se um animal e agir como tal) recaiu sobre Nabucodonosor. Depois de passar por esta situação o rei reconheceu a soberania de Deus e seu reino foi restabelecido. (Dn 4:30-37)

“Deus, o Altíssimo, deu a Nabucodonosor ... o reino e grandeza, glória e majestade. Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e homens de todas as línguas tremiam e temiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria exaltava e a quem queria abatia. Quando, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória. Foi expulso dentre os filhos dos homens, o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele.” (Dn 5:18-21)

- Adoração de falsos deuses. Belsazar, que reinou depois de seu pai Nabucodonosor, fez pouco caso do juízo de Deus sobre seu pai e deu “louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra” (Dn 5:4,23). Deus estabeleceu uma dura sentença sobre Belsazar e em função de adorar falsos deuses “naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino” (Dn 5:30-31).

- Adoração do Deus verdadeiro. Temos vários relatos no livro de Daniel de homens que decidiram adorar ao Deus verdadeiro mesmo diante da morte e tiveram sentenças de livramento, bênçãos e prosperidade determinadas sobre suas vidas. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, amigos de Daniel foram livres da fornalha de fogo ardente por não terem se reverenciado diante da estátua de Nabucodonosor, “preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus” (Dn 3:28b). Além de serem salvos da fornalha, “o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na província da Babilônia” (Dn 3:30). Daniel que demonstrou ser um adorador do Deus verdadeiro (Dn 2:19-23; 9:4), foi lançado na cova dos leões porque “três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (Dn 6:10). Deus estabeleceu uma sentença de bênção sobre Daniel e além dele ser livre dos leões esfomeados, foi vingado dos seus inimigos, prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, e o rei Dario fez um decreto para que todo homem no seu reino temesse ao Deus de Daniel (Dn 6:19-28).

Percebe-se que as histórias relatadas por Daniel são histórias de adoradores e suas sentenças. Porém é importante se compreender porque a adoração é fator gerador de Excelência na vida de um homem de Deus.

a.      O louvor traz a glória de Deus

No Sl 24:7 diz: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória”. Para que o Rei com sua glória venha é necessário que as portas ergam suas frontes com esplendor. O que são as portas? Em Is 60:18 diz que nossa porta é o louvor. A porta de entrada da glória de Deus é o louvor. Então para que venha o Rei e traga consigo sua glória é necessária que o louvor seja erguido com esplendor.

A glória de Deus faz com que muitas coisas aconteçam:

- Sua glória faz com que uma pessoa se levante e resplandeça (Is 60:1);

- Sua glória pode ser vista sobre nós (Is 60:2);

- Sua glória faz com que as nações sejam atraídas por nós (Is 60:3)

- Sua glória libera grande prosperidade e bênçãos (Is 60:5-6)

E todo o capítulo 60 de Isaías nos mostra o que acontece quando a glória de Deus vem.

b.      Do louvor para adoração

A Bíblia usa 7 palavras para expressar louvor. Estas 7 palavras falam de cantar, tocar instrumentos ou fazer ruídos. Todas são atividades físicas. Louvor, então é uma atividade física. Todavia adoração é uma atividade espiritual. Deus, o Pai está em busca de adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23-24). Então, para que o louvor traga a glória de Deus ele deve ir além das atividades físicas e alcançar uma dimensão mais elevada. Na passagem bíblica que fala do louvor no qual Deus habita (Sl 22:3), é usada uma palavra grega (tehillah) que expressa uma atividade física de louvor que procede espontaneamente dum coração sincero.

Enquanto se louva, pode-se adorar, porém louvor não é por si só adoração. O louvor facilita e leva à adoração. Para haver adoração deve ser algo feito com um coração sincero e verdadeiro.

Pode-se adorar sem cantar. Por exemplo, quando Jesus veio caminhando por sobre as águas, depois de entrar no barco “os discípulos o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!” (Mt 14:33) Adoração não necessariamente exige louvor, porém o louvor é uma das melhores e mais fáceis formas de adorar a Deus.

c.       Aprendendo a adorar com Daniel

O modelo de adoração que temos é o modelo celestial. Nos céus, ao redor do trono de Deus existe constante adoração. Apocalipse 4 e 5 nos dão alguns cânticos que são cantados nos céus na adoração diante do trono de Deus. Todas estas canções nos mostram que a adoração é uma atitude de reconhecer o domínio, a majestade, o poder e a grandeza de Deus. Daniel falou poucas palavras, porém expressou exatamente isto:

“Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.  A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, porque me deste sabedoria e poder; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este caso do rei”. (Dn 2:20-23)

Daniel sabia que Deus estava no controle de todas as coisas e que ele tinha o poder de fazer com que os homens mais poderosos de sua época poderiam ser removidos quando não reconhecessem ao Deus verdadeiro. Deus está no domínio de todas as coisas e dará o melhor àqueles que o adorarem “em espírito e em verdade”.

A pessoa que se torna um verdadeiro adorador não é abalada pelas circunstâncias, pois sabe que seu Deus domina sobre tudo. Como o Senhor estabelece sentenças de bênçãos sobre aqueles que o adoram verdadeiramente ele sabe que prosperará em tudo, não importando o poder e a força dos inimigos.

 

PERGUNTAS: O adorador é aquele que tem acesso ao trono de Deus. A presença e glória de Deus estão sobre ele. Qual tem sido sua experiência na adoração? Tem sido fácil ou difícil? Como você se sente na adoração? Em seu coração está claro que ele tem poder sobre tudo e faz tudo conforme seu bem querer? Ou ainda você tem se apavorado diante das circunstâncias da vida?

Ricardo Wagner, apóstolo

04/05/2005

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